03/05/2011

Hipertensão cresce entre a população brasileira

Entre 2006 e 2010, incidência do problema avançou quase 8%


O diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% entre as pessoas com 55 anos ou mais
Segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde, a proporção de brasileiros com hipertensão aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010. Apesar disso, 2010 registrou um recuo de 1,1 ponto porcentual em relação a 2009, quando a condição afetava 24,4% dos brasileiros. De acordo com o Ministério, a hipertensão é um dos principais fatores de risco para doenças hipertensivas, que matam 400.000 pessoas todos os anos, e para males cardiovasculares, responsáveis por 300.000 óbitos.
Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou 54.339 adultos das 26 capitais brasileiras. De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). Mas, nos dois sexos, a condição afeta 8% das pessoas entre 18 e 24 anos e mais de 50% dos indivíduos com 55 anos ou mais.
Entre as capitais, Palmas tem o menor percentual de adultos com diagnóstico, com 13,8%. O Rio de Janeiro tem o maior, com 29,2%. As maiores incidências da hipertensão em homens foram registradas no Distrito Federal (28,8%), Belo Horizonte (25,1%) e Recife (23,6%) - as menores, em Palmas (14,3%), Boa Vista (14,6%) e Manaus (15,3%). Entre mulheres, o problema é mais comum no Rio (33,9%), Porto Alegre (29,5%) e João Pessoa (28,7%), e menos frequente em Palmas (13,2%), Belém (17,4%) e Distrito Federal (18,1%).
Segundo o Ministério e a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo, o que acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, pode provocar complicações como entupimento de artérias, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.

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